Algumas ponderações

Estive pensando nos últimos tempos sobre o país, sobre o mundo. Vivemos em um país que passa por muitos conflitos, há uma crise política em curso, não financeira como dizem as mídias, e sim política, o que quer dizer isso?

Existe uma crise político-social nesse país, no Brasil ainda aprendemos o que é ser cidadão, respeitar o espaço de cada um. E penso, o que fazer? Isso não depende só de mim, uma sociedade constitui-se de muitas pessoas e são elas que devem ser os seus agentes de transformação.

Refleti sobre o nosso papel de cidadão nos últimos dias por conta de um acontecimento no futebol — Sim! Futebol é uma expressão muito forte do nosso país — , enfim, no jogo entre São Paulo e Corinthians nas semifinais do campeonato paulista, o zagueiro Rodrigo Caio do São Paulo fez uma coisa revolucionária, em um lance do jogo ele acabou fazendo uma falta no seu próprio goleiro, porém, o juiz entendeu que tinha sido o atacante Jô, do Corinthians, e em uma atitude muito admirável, disse que foi ele quem fez a falta e não o atacante. Depois desse jogo, a mídia abordou esse acontecimento de uma forma surreal, aclamando o jogador por essa atitude, onde o próprio disse que fez o que deveria ter feito. Por que o impacto? Não deveríamos fazer isso sempre? Ser honestos?

Mas é isso que me fez pensar, estávamos aplaudindo algo que deveria ser natural, o impacto disso foi ainda maior porque, meses atrás, um árbitro cometeu um equívoco expulsando o jogador errado na partida entre Corinthians e Palmeiras, e o próprio jogador que sofreu a falta apontou para o cara errado, para expulsá-lo.

É aquela velha história do jeitinho brasileiro. Tudo isso pra dizer que devemos repensar nossas relações com o outro, com o país. Onde queremos tomar vantagem? Será que estou prejudicando alguém com essa minha atitude? Criticamos tanto as figuras políticas, mas nós estamos aqui no dia a dia reproduzindo atitudes que só deslegitima ainda mais a nossa democracia. Será que zelamos por ela?

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