A ESSÊNCIA ALFA - CAPÍTULO 12

 Capítulo XII – Desaparecido  

Melissa Campos 

Desespero. Essa era a palavra que resumia os últimos três dias, desespero meu e de todos meus amigos, porque Yan estava desaparecido. 

Fico pensando no que teria acontecido, estávamos tão preocupados com as últimas viagens que Yan tinha feito. Será que ele tinha viajado novamente? 

Nesses últimos três dias, tínhamos feito de tudo, chamamos a polícia para procurá-lo, eu e Lucas fomos várias vezes na floresta, mas nada encontramos. 

Todavia, em uma coisa todos nós concordávamos, não queríamos declarar óbito ou nada do gênero, pois tínhamos certeza de que Yan estava vivo. Como tínhamos essa certeza? No momento, não conseguiria responder a essa questão. 

Mel! Chamou minha mãe. 

O que seria? E se fosse uma pessoa? Seria o Yan? Eu estava enganada. 

O que foi? 

Tem alguém querendo falar com você! Não sei quem é. 

Corri até o portão. Ao avistá-lo, eu estranhamente o "reconheci". Era algo inexplicável e... Ele era lindo e misterioso. Lembrava-me uma pessoa... 

Olá! 

Meu coração pulou com sua voz, tinha um som semelhante ao bater de ondas do mar. Ele tinha uma aparência harmoniosa, cabelos claros, quase loiros, pele branca e lisa. A vestimenta me parecia um tanto inusitada, ele estava usando um terno preto. 

Oi. Disse reprimida. Quem é você? 

Sou seu anjo. Ele sorriu com dentes brilhantes e pele de igual característica. 

Anjo? Do que ele estava falando? Será que... 

Olhe para seu anel! Disse-me. Mas não me lembrava desse anel! Nunca tinha visto-o, olhei e... Te lembra algo? Perguntou ele. 

Esse anel me lembra... A água. Disse com estranheza, o rosto franzido. 

Bom! Seus olhos, que cor são? E então entendi. Lembrei-me das palavras de Nando. 

Não é possível! Você é o anjo que protege os portadores da água? 

Na mosca! Quer dizer, no mar... É isso mesmo, Mel. Corei e gargalhei com sua ridícula piada. 

Não me pergunte como, mas senti o tempo parar. Então ouviu-se uma voz: 

Alexandre! Você não se cansa de ser tão poético? 

Uma voz muito familiar surgiu, era o anjo que havia aparecido para mim e o Yan. 

Maurício! Não pedi sua opinião. 

Respeito é bom e gosto. Sorriu e olhou pra mim. – Oi, Mel, já nos conhecemos, né? 

Ah, sim. Consegui dizer e sorrir. Maurício, anjo do tempo, prazer, sou Melissa Campos. 

Você é rápida! Por que o Yan não é assim? Surpreendeu-me. Acho que causar surpresas era normal para eles. 

Também não sei. 

Ele gargalhou. 

Vou perguntar algumas coisas, ok? Eles assentiram. O que vieram fazer aqui? Cadê o Yan? E... Você parou o tempo? 

Desculpe-me pela última pergunta, eu precisava ter certeza. 

Sim, para não termos interrupções. – Respondeu Maurício. 

Veio-me um calafrio. 

Deus nos deu uma ordem para levar nossos protegidos para o ano de 2004! Exatamente no dia 19 de outubro. 

Dia do aniversário do Yan! Por quê? Pelo menos existia algo... Algo talvez bom, afinal, eu iria conhecer os outros escolhidos no ano de 2004. 

Com que propósito? Indaguei. 

Continuou o anjo Maurício: 

O início de algo... E Yan Lopes encontra-se lá... e ele está em apuros. 

Quando ele concluiu, meu coração palpitava. 

 

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