Capítulo XVI – Sensações
Fernando Castellani
Hoje completam quatro dias que o Yan sumiu. De todos ao redor, por incrível que parecesse, eu era o mais calmo – privilégio do dom que recebi. Por meio de orações e meditação eu sentia que o Yan estava bem, mas não me parecia definitivo isso. Sentia que ele corria perigo e gostaria de mais respostas, mas isso era tudo que eu tinha.
Caíram três penas sobre minha mesa de escritos. Perifericamente eu via uma luz sem foco, todavia, quando olhei diretamente fui jogado para trás.
– Desculpe-me, Fernando. Sou Pietro, anjo da sabedoria, seu guardião. – Disse-me.
– Não deu nada. – Sorri. – Pare de me tratar assim, você é superior a mim.
– Não me entenda mal... – Olhou por sobre o ombro. – Yan está em apuros, dois demônios já estão no mesmo local.
– Onde ele está? – Exclamei
– No ano de 2004.
– Por quê?
– Ele queria rever o passado, mas os seus inimigos foram atrás. Ele não poderia imaginar que estava sendo observado. Agora, precisamos ter certeza de quem está atrás dele. – Explicou Pietro.
– Entendo, então vamos.
As asas bateram e o vento soprou, e assim eu fui.
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