CASA




Ele, cansado de tudo que já havia passado
Percebeu que por muitos anos de sua vida
Esteve preso em suas fantasias, se sentia amaldiçoado
Hoje ele sente uma paz antes nunca vista

Andando pelos corredores de uma casa
Que representa suas memórias
Foi vasculhando e vasculhando
Encontrou muitas coisas, das quais estavam cheias de pó

Pó que sufoca, que ocupa espaço demais
Tira a vida, a cor, a luz
Por que não jogar uma água?
Fazer uma faxina em cada cômodo daquela casa?

Hoje, esta casa
Antes cheia de pó, de teias de aranha, escura e fria
Hoje, esta casa
Ela brilha, ela tem aromas, tem calor e a brisa do vento

Tudo isso foi descoberto de uma vez, em um só evento?
Claro que não, foram muitas idas, muitas tentativas
Para desbravar aqueles corredores escuros
Teve que se redescobrir, mesmo correndo o risco de se perder no caminho

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