A ESSÊNCIA ALFA - CAPÍTULO 01

 


Capítulo I – Caminhos de emoção

                                               

Guatacape, São Paulo, Brasil

07 de fevereiro de 2011

   

Abrindo os olhos na madrugada novamente, ele acendeu a luz de seu quarto e abriu uma gaveta empoeirada, não era limpada há uma enormidade de tempo. Pegando a folha em branco e, como era de praxe, desabafou:

 “São três da manhã, faltam-me palavras para descrever o que sinto em plena madrugada, para tanto, escrevo. Há quem diga que tudo que alguém produz permanece não só o feito, mas também sua essência, não sei se há algum significado ou se é apenas uma coincidência... Pois é, vamos ao ponto, o céu está estrelado e essa magnificência é acompanhada de uma linda lua cheia. Podia estar melhor?”

Para ele breves palavras mudariam sua vida, pois ele tinha talento para a escrita. Surpreendendo-se com o que havia escrito, sobreveio na folha outro parágrafo:

 “Bem, meu nome é Yan, Yan Lopes, pode-se dizer que todas essas palavras que compõem a folha tornem-se uma espécie de diário, entretanto, não me agrada tal nomeação. Sem objetivo algum, nessas noites mal dormidas escreverei para registrar o que vivo.”

Perturbado Yan levantou-se da cama e se pôs a abrir a janela para uma breve apreciação da paisagem que havia descrito, foi quando caiu do céu uma gota, mas não de água, era algo ofuscante e brilhantemente magnífico. A tal gota caiu na palma de sua mão direita, após isso, sua mão brilhou e esquentou de forma rápida.

O seu vai e vem, em seu quarto, provocou pequenos ruídos, despertando sua mãe:

– Yan, vai dormir você tem aula amanhã! O que está fazendo esta hora da noite? – Sua mãe proferiu estas palavras enquanto ele ouvia os passos dela se aproximarem de seu quarto.

– Tive um pesadelo, daqui a pouco vou voltar a dormir. – Murmurou enquanto aproximava-se da porta.

Voltando à cama, cismado com o que acontecera, ficou observando sua mão.

Na realidade, ele não tivera pesadelo algum, mas quando Yan despertava na madrugada ele se sentia inseguro e ansioso, o mesmo acontecia quando ele se colocava à cama. Ele usava tais palavras como uma camuflagem para não a preocupar mais ainda com seus problemas.

Yan tinha dezesseis anos e, enfim, estava no último ano escolar. 

Em suas consultas, a doutora Rosimeire Carvalho sempre deixava-lhe boas reflexões. Na última semana ele recebeu um pensamento muito gratificante sobre rotular-se, que basicamente significa que costumamos sempre nos julgar de forma impensada, esses atos têm consequências sérias. Mesmo tendo ciência de tais ideias, ele dificilmente as seguia quando perguntavam sobre ele, simplesmente acostumou-se a dizer que tinha síndrome do pânico. 

Porque ele sempre foi ridicularizado pors suas crises em público, seja na escola ou em outros lugares, é a razão de ele ainda não ter pregados os olhos.

Por outro lado, Yan travava intrigantes discussões com seu pai, Antônio, que era cientista e não concordava com pesquisas que para ele eram absurdas. Seu pai era astrofísico e buscava responder questões muito complexas.

– Pai, você insiste em pesquisar isto? Eu tenho a resposta para tudo! Foi Deus quem criou o universo. – Os olhos de Yan fitavam os de seu pai, enquanto ele seguia tecendo suas ideias.

– Não estou excluindo a ideia de que Deus criou tudo, mas, se temos o livre arbítrio, talvez seja possível viajar no tempo. – Antônio pronunciava isto com um tom de voz esperançoso.

O pai de Yan tinha como características principais os olhos azuis e os lindos cabelos grisalhos, sua personalidade era forte, contrariando a do filho que era frágil. Mas em uma coisa os dois se igualavam, na beleza, Yan tinha cachos macios e bem comportados.


Neste momento, Yan estava pensativo, intrigado com as ideias de seu pai, no entanto, ele defendia outro pensamento, cujo muitas outras pessoas também, o ponto central disto era: “Não se pode interferir naquilo que não nos é viável”. 

Após tanta indagação, Yan revirou os olhos e foi pegar seu café da manhã, pois já eram seis horas. Nascera um novo dia, diga-se de passagem, muito lindo.

Desta vez estava se preparando para o primeiro dia de aula. Ele transbordava de felicidade, seus olhos castanhos brilhavam motivados pelo fato de que em breve veria sua paixão, Alice Meirelles. Entretanto, neste presente momento, estava impaciente revirando seu quarto à procura de seus cadernos. 

Passados aproximadamente dez minutos, ele finalmente encontrou seu material e o colocou na mochila. Agora ele já tinha se dirigido para a fase das vestimentas, na qual pôs uma camiseta azul claro, com gola em V, e uma calça preta jeans.

Apressadamente deu um beijo em sua mãe e chamou, aos gritos, seu amigo Lucas, o qual, sem ter conhecimento do paradeiro de sua família, abrigaram em sua casa. Ele era um menino de cabelo caramelo e dentes incrivelmente brancos, sua principal característica era os olhos escuros, cuja expressão era forte e impiedosa. 

Em resposta, os gritos de Lucas surpreenderam Carlene, irmã de Yan, que ficou gélida de susto e alertou a ignorância de Lucas.

– Você é idiota? Eu estava do seu lado! Não precisa gritar, o meu irmão não é surdo. – Carlene reclamou de forma autoritária. A incrível ação não reprimiu Lucas.

– Que pena, ele já tem tantos defeitos, não iria fazer falta a ele. – Pronunciou sarcasticamente.

Ao ouvir isto, Carlene ignorou a atitude desprezível de Lucas e andou às pressas a caminho da escola. A calma só voltou a aparecer quando ela avistou sua melhor amiga, Fábia, que a surpreendeu com seu entusiasmo.

– Amiga! Eu estava com tanta saudade – Os olhos de Fábia fitaram os de Carlene analisando seu estranho comportamento.

– Obrigada, eu também estava – Mas a voz dela não transpareceu isto.

Fábia franziu a testa.

– O que aconteceu? Você está pálida! – Murmurou estas palavras com evidente preocupação.

Carlene colocou as mãos no bolso de sua blusa lilás, expressando insegurança.

– Desculpe, não quero falar sobre isso. – Disse com sinceridade.

– Tudo bem, então. – Os olhos castanhos de Fábia estreitaram-se.

Enquanto isto, após ouvir os comentários de Lucas, Yan escondeu sua expressão depressiva engolindo a saliva e caminhou até a casa de Melissa Campos, sua melhor amiga, que morava logo em frente. Ela era uma menina extremamente linda, dona de lindos cabelos lisos e ruivos, seus olhos cor de mel brilhavam em direção a Yan, ação nunca vista por ele.

Melissa estava com uma blusa vermelha, a calça jeans preta expandindo sua elegância simples. Yan estava tão surpreso com tamanha beleza que distribuiu palavras doces num jato.

– Melissa! – ele respirou fundo – Você está muito linda.

– Obrigada. Você que está. – Melissa abriu um sorriso cintilante, cheio de gratidão.

O caminho à escola foi silencioso, com pequenos olhares penetrantes de Melissa admirando sua paixão, mas eram ações sem a percepção dele, pois estava extremamente pensativo.

Ela percebeu a dura expressão dele, recordando-se dos problemas de seu amado. Foi então que ela tentou animá-lo.

– Yan, anime-se! Você está prestes a ver a Alice, esqueceu? – Ela disse estas palavras com muita dificuldade, embora transparecesse o contrário.

– Desculpe, estou desesperançado quanto a isso, porque não é correspondido.

Ela virou o rosto e deu um sorriso, cuidando para que ele não visse tal atitude.

– Não esquenta, você vai encontrar alguém que te dê valor.

"Tipo eu", pensou ela. 

Ele baixou a cabeça.

– Será? – Sua decepção era expressa em cada palavra dita.

Melissa suspirou.

– É claro... – Hesitou, cuidando para não dizer nada contraditório – ...Todos têm sua alma gêmea.

– É mesmo, você está certa. – Yan deu um sorriso e revirou os olhos.

O silêncio perdurou.


Neste momento, eles estavam a meio metro de adentrar na escola.

 Yan e Melissa seguiram para sala. Logo depois de escolherem os lugares, os dois olharam-se por sobre o ombro, após isso, ficaram constrangidos e deram um pequeno sorriso.

Yan já sentia borboletas no estômago só de saber que Alice estaria este ano em sua sala. Ele escolheu um bom lugar, bem... Para ele, qualquer lugar seria bom desde que tivesse uma boa visão para contemplar a beleza de sua amada. Ela era uma garota incrivelmente linda, desejada por muitos. Era extrovertida e não deixava de perceber que estava sendo admirada.

Ela remexia seus cachos negros e seus lindos olhos verdes observavam atenciosamente a possível chegada de um professor.

A escola era composta exteriormente de azul, um azul celeste e magnífico, e interiormente era decorada com um lindo branco vivente. Organizada e muito linda, as portas das salas de aula, revestidas de marfim, deixavam claro que esta escola era indiscutivelmente linda.

– Bom dia! – Um sussurro percebido por poucos saiu da boca da professora.

Andou tranquilamente até sua mesa e nela colocou seus pertences.

– Olá, meu nome é Iliana! Minha matéria é Física. – Murmurou ela.

Logo após a apresentação da professora, era possível ouvir claramente os cochichos dos alunos que diziam: “Física? Nossa, não gosto de Física” ou até mesmo “O nome dela é diferente! Nunca vi um nome assim”. Tendo ciência de tais comentários, a professora sorriu e pensou: “Vocês vão se acostumar, não só com a matéria, mas também com o meu nome”. 

A sala silenciou-se, esperando as próximas palavras a ser proferidas por ela. Agora ela estava no comando, o objetivo era cativar os alunos.

– Eu não os conheço ainda, então, um por um, digam seus nomes. – Ela sorriu e colocou uma mecha de seu cabelo castanho detrás da orelha.

Iliana era privilegiada por ter uma aparência muito linda, seus olhos eram penetrantes e curiosos, seus lábios eram finos, porém, hipnotizantes, estava com uma blusa amarela e nela estava escrito: “I Love You”. Todos disseram seus nomes sem problema algum, Yan estava pouco se importando com a aula, pois continuava enfeitiçado pela feição de Alice. Então ela se levantou e fez uma pergunta à professora:

– Professora... – As palavras fugiam – ... Qual é o seu modo de avaliação? – Perguntou retornando ao seu devido lugar.

– Eu procuro avaliar meus alunos de uma forma diferente. Não agendo provas ou trabalhos, pelo contrário, todo tipo de atividade avaliativa será feito oralmente. Passarei textos em lousa somente quando for necessário. – Proferiu estas palavras pacificamente e analisando o comportamento de seus alunos. Colocando as mãos lisas e hidratadas no bolso, caminhou até a porta da sala para atender uma ligação que recebera.

Todos estavam se interrogando sobre o motivo de ligarem tão cedo. Após as indagações, todos ficaram surpresos quando professora correu e disse:

– Existe uma bomba relógio dentro da escola! – O seu tom de voz alto e apavorado era preocupante.

Rapidamente, Yan se levantou da cadeira e proferiu

– Vamos fugir! Rápido!

A professora correspondeu rapidamente.

– Não temos muito tempo! Não podemos nos esconder, nem nos deslocar pela escola.

– O que fazemos, então, professora? – Yan estava desesperado, o suor já escorria pelo seu rosto e suas pernas estavam bambas. Ele estava trêmulo.

– Eu realmente não sei! Como disse, não temos tempo. – A professora estava depressiva, meio que esperando a morte.

Yan estava em pânico, as lágrimas já caiam. Alice veio ao seu encontro e começou a enxugá-las, sentindo-se honrado ele agradeceu e, aos prantos, sentou-se na cadeira. Foi assim, lançando um olhar de desespero a todos que o viam naquela lamentável situação, que a preocupação aumentou: a mão de Yan começou a arder muito, estava extremamente vermelha, e ele começou a gritar de dor.

Ele sabia que aquilo não era pânico, mas não tinha ideia ou explicação para o que estava acontecendo. O inexplicável sofrimento piorou quando, em vez de ajudá-lo, Iliana olhou-o e sorriu. 

“Então você foi escolhido! Era de se esperar. Yan, você é uma pessoa muito especial para o Criador”, pensou Iliana.

Ela correu porta afora dizendo que chamaria um médico, mas ela não o fez.

No tempo em que Yan voltou os olhos para sua mão, surpreendeu-se ao avistar uma espécie de relógio, objeto que se formava com o sangue dele, o grande susto o fez formigar, tremer e o seu coração palpitar. Em consequência, o relógio foi ativado e os ponteiros giraram para trás.

Ele estava caindo em desmaio enquanto Alice e os outros amigos chamavam pelo seu nome.

Ao passo que o tempo se distorcia, o chão tremia e as janelas rachavam, todos que estavam na sala sumiram, até somente Iliana, Lucas, Alice e Yan permanecerem no meio do desastre. Em toda história, nunca houve terremoto tão grande.

Após a catástrofe, houve silêncio, e enquanto despertava, Yan percebeu que as marcas tinham sumido, foi então que levantou-se de forma desesperadora e gritou – Não.

– O que foi, Yan? Está maluco? – Ele ouvia as vozes de um modo distante enquanto a professora revelava seu modo de avaliação.

– O que aconteceu com a bomba? – Yan interrogou seu amigo de classe e, enquanto isso, ele percebeu que Alice não estava junto dele.

– Que bomba? Eu disse que está maluco! Você estava desmaiado aí no chão.

Yan estreitou os olhos, cismado com sua mão. Contrariando segundos atrás, sua mão não doía mais, “Esse negócio de pânico está me deixando esquizofrênico”, pensou ironicamente. Entretanto lembrou-se do que acontecera na madrugada, procurando relacionar aquele fenômeno com a pequena viagem temporal que acabara de fazer.

Foi quando ele percebeu que se fosse verdade, que ele voltou no tempo, então a professora receberia a ligação novamente, dando o aviso tenebroso.

O telefone tocou outra vez, mas felizmente era só um comunicado familiar. A professora voltou à sala perguntando se alguém teria alguma sugestão de aula, podia ser de qualquer assunto, afinal, era o primeiro dia do ano letivo e Iliana se propôs a isso.

Em virtude disto, Lucas levantou-se e sugeriu:

– Professora, que tal falarmos sobre lendas? – Após perguntar isso, Lucas olhou para Yan feliz por ele ter se acalmado.

– Ótima sugestão, Lucas. – Concluiu a professora. – Vocês já ouviram falar das Essências da Origem? – ponderou ela.

A sala foi coberta por um silêncio extremamente prazeroso, não era ouvido nem sequer um cochicho. Obviamente, a professora entendeu isso como um “não” e continuou:

– As Essências da Origem são elementos cósmicos que vagam pelo universo. Deixadas por Deus no dia da criação, quem fosse atingido por algumas dessas essências... 

Empolgada, Melissa a interrompeu: –  Morreria, não é? 

Iliana suspirou e sentou-se em sua cadeira: – Não, claro que não, Deus não deixaria algo assassino vagando pelo universo.

– É mesmo, professora, desculpe por interrompê-la – Melissa balançou seus brincos prateados e olhou para Yan.

Presenciando tais cenas, Yan recostou-se na cadeira relaxado.

A professora prosseguiu:

– Quem fosse atingido por isso receberia um dom.

Impressionado com as histórias, Yan a indagou:

– Que tipo de dom?

– Há três dons conhecidos, que são: Amor, Sabedoria e Vida, há quem diga que existem sete dons, no entanto, são desconhecidos.

Soou o sinal, infelizmente acabara a aula. As demais foram as mesmices de sempre: textos e mais textos, coisa que Yan odiava.

No caminho de volta, a mente de Yan tornou-se uma máquina de pensamentos: “Aquilo foi real?”; “As Essências da Origem existem?”; “Por que a professora sorriu quando me viu desmaiando?”. 

Para expulsar os pensamentos que o intrigavam, ele se persuadiu dizendo “não”. Mas de uma coisa ele tinha certeza: ele podia viajar no tempo de alguma forma. Todavia, para ativar o relógio ele deveria sentir emoções fortes, o problema é que a viagem temporal durava apenas alguns segundos e a direção era imprevisível, para o passado ou para o futuro, como controlar este imenso poder?

Os pensamentos o fizeram tropeçar e cair no meio da rua. Todos gozaram dele, mas ele simplesmente ignorou:

– Yan! Espere! – Melissa o chamou. – Vamos pra casa juntos!

– Aconteceu alguma coisa? Vi você caindo, você está bem? – Ela perguntou ao chegar perto dele.

– Estou bem, estava um pouco distraído.

– Ah, sim, você parece nervoso, vamos nos sentar um pouco?

Yan observou um olhar diferente em Melissa, ela olhava fixamente em seus olhos e mexia os cabelos com frequência.

Os dois se sentaram na calçada ali perto e Yan contou o que o incomodava.

– Tem certeza que isso aconteceu mesmo?

Yan assentiu.

– Que bom, então. Estamos todos vivos agora, porque, pelo que me parece, essa bomba ia explodir mesmo, não é?

– É, acho que sim. – Yan largou sua bolsa ao seu lado e abaixou a cabeça.

– E sabe o que eu acho curioso? Por que ela ficou sorrindo enquanto você estava passando por aquilo? Além disso, é muito estranho uma professora de Física iniciar as aulas falando de lendas e de Deus, de certa forma, parece errado.

– Também acho. Existe a possibilidade de ela não ser a nossa professora de Física. Aparentemente, ela sabia o que estava acontecendo comigo.

Sua amiga, então, entendeu que deveria ter sido uma coisa difícil de presenciar. Ela estava prestes a fazer algo, o afeto que sentia por Yan se manifestou e, nesse momento, pareceu que ele sentia a mesma coisa.

– Mas, enfim... Não quero te perturbar com minhas paranoias. – Disse ele se levantando.

– Yan, espera. – Ela se levantou segurando seu braço.

Ao puxá-lo, Yan deu um passo para trás e virou o rosto. Melissa o olhou e disse:

– Você nunca me perturba, Yan. – Ela sorriu e ele sorriu de volta sem jeito.

Nesse momento, tudo pareceu correr lentamente, Melissa se aproximava e Yan não sabia o que pensar. Então fechou os olhos e sentiu os lábios dela tocarem os seus.

Enquanto os dois se beijavam, algo aconteceu.

Pregando um susto nos dois, Lucas apareceu de forma irreconhecível:

– Que lindo! – Ele disse furioso e sarcástico.

– Olá, Lucas. – Disse Yan um pouco assustado.

Lucas estava fora de si, parecia que não estava ali. Foi quando Yan o viu correr para tentar acertar Melissa, mas conseguiu ser mais rápido e afastá-la. O menino do tempo o segurou, mas seu amigo tinha uma força descomunal e o acertou com um chute no peito.

Yan caiu no chão, sua cabeça rodava. De repente, Lucas disse:

 – Desculpe-me, Yan – Ao dizer, foi embora correndo.

Melissa tremia de susto, ela viu Yan se levantar e ir em sua direção. Sem pensar, foi até ele e o abraçou.

– Você está bem? – Perguntou Yan.

Com a cabeça sobre seu peito, ela acenou positivamente. Os dois foram embora de mãos dadas, com os dedos entrelaçados. Tudo parecia estranho, mas, ao mesmo tempo, tudo estava bem. 

Chegando em casa, Yan almoçou e adormeceu em frente à TV, o mesmo aconteceu com Melissa.


Postar um comentário

0 Comentários