A ESSÊNCIA ALFA - CAPÍTULO 18

Capítulo XVIII - Ápice

Logo após o pequeno Yan fazer a pergunta, ele respondera calmamente pois já sabia o que exatamente dizer. Yan tinha medo das consequências de dizer algo diferente do que se lembrava. 

Sou somente um turista por aqui, estou a passeio. 

Qual o seu nome? Perguntou o Yan ainda criança. 

Paulo. Disse o primeiro nome que lhe veio à cabeça. 

Mora em que cidade? 

Guarulhos! Por ser uma cidade perto de Guatacape, disse o nome dela. 

Ah, é do lado de São Paulo, não é? 

Sim. 

Legal! 

Yan lembrou-se que sempre gostou de geografia, o que lhe surpreendeu foi ver que o seu eu mais novo já conhecia a localização de São Paulo e a sua proximidade com Guarulhos, isso fez Yan sorrir. 

Yan! É a nossa vez! Um garoto o chamava, era a vez de eles jogarem. 

Estão te chamando. 

Ah! Obrigado! Tchau. Disse antes de sair correndo. 

Yan Lopes voltou a respirar normalmente depois do choque que tivera, mas as coisas não parariam por aí. Ele andou uns vinte minutos, para ver os lugares em que andava quando criança, parou em frente à escola que estudava e viu como ela era diferente sete anos antes. 

Um estrondo atingiu o local em que estava e apareceu a rainha das águas, Melissa. 

Yan! Meu amor, você está vivo! – Melissa o abraçou fortemente. 

? O que aconteceu? – Perguntou confuso. 

Você está desaparecido há mais de uma semana no ano de 2011. Iniciou um anjo.  

Isso não é bom, sabia? Completou outro. 

O menino do tempo não sabia o que pensar, colocou as mãos no bolso procurando uma posição que não demonstrasse nervosismo, porém sem sucesso. 

Quem são vocês? Apressou-se em perguntar. 

Meu nome é Maurício! Anjo protetor dos portadores do tempo. Disse o primeiro. 

O menino do tempo lembrou que já conhecia Maurício e lhe veio um sorriso, mas não de felicidade, de tensão. 

E o meu é Alexandre! O Anjo das Águas. Tire estes óculos ridículos. Disse o último. 

Yan sorriu, mesmo trêmulo, sorriu. 

Entendi, já nos conhecemos não é, Maurício? 

Ah, sim. Claro, Yan. – Ao responder, Maurício e Alexandre fecharam as asas e tomaram formas humanas, os dois com terno preto. 

Nossa, vocês estão elegantes demais. E, Maurício, você parou o tempo? Disse Yan bem-humorado, pois agora se acalmara. 

"Ele percebeu?", pensou Maurício. 

Sabe como é! Poupar problemas. Respondeu o anjo. 

Entendo, foi esse o motivo que me trouxe aqui. Retrucou ele. 

 "Ele está tão maduro", pensou Melissa fascinada. 

Vocês poderiam escolher uma roupa menos chamativa, não costumamos nos vestir assim no cotidiano. – Disse Melissa sorrindo. 

Ah, é? O que posso fazer.... Ah, e não ligue para as piadas sem graça do Alexandre. Esses óculos são maneiros. Disse Maurício a Yan. 

Maurício, você é tão chato! Insultou Alexandre. 

Os dois mudaram suas aparências, Maurício com seus cabelos pretos e Alexandre com seus cabelos castanhos, os dois estavam com roupas bem parecidas, Maurício vestia uma camisa de botão branca e calça jeans azul, e Alexandre uma camisa de botão preta com uma calça de jeans preta, os dois também possuíam os mesmos sapatos pretos. 

Agora sim. – Murmurou Melissa. 

Pessoal! Quero explicações... – Disse Yan. 

Mesmo antes de Yan terminar sua fala, apareceram duas auras negras. Ao terminar, atacaram Yan. Um chute estupendo jogou-o na calçada em frente à escola. 

Explicações! Até nós queríamos e não tivemos. Disse com arrogância o primeiro demônio, tomando sua horrível e verdadeira forma. 

Verdade, Lara! Isso me dá ódio! Disse o outro demônio, Estevão. 

Lara correu atirando-se contra Yan, entretanto, um homem misterioso de aparência mais velha, cabelos grisalhos e um corpo bem ajustado, a parou. 

Mais problemas para mim! Resmungou Maurício, o anjo do tempo. 

Quem é você? O menino do tempo indagou ao velho. 

Meu nome é Cassiano. Cassiano Meirelles. Disse o tal velho, segurando a lâmina do demônio Lara. 

"O mesmo sobrenome de Alice?, pensou Yan. 

O que veio fazer aqui? Perguntou novamente. 

Consertar o pedaço do futuro que me falta,

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